As cidades de Curitiba (PR) e Rio Branco (AC) foram as capitais brasileiras escolhidas para iniciar o programa de visitação do projeto “Cidades e Alimentação", da Embrapa Alimentos e Territórios em parceria com a União Europeia, cujo objetivo principal é analisar informações sobre governança e boas práticas para alavancar sistemas alimentares urbanos circulares.
“O envolvimento de mais cidades com a agenda de alimentação urbana é uma tendência global. As cidades são pólos que podem implementar e disseminar iniciativas de fomento à agricultura urbana e periurbana, mapeamento e conexão dos agricultores locais com os consumidores, incentivo para funcionamento de bancos de alimentos, supermercados sociais e outras práticas que possibilitem maximizar o aproveitamento de alimentos e a redução da geração de resíduos”, comenta Gustavo Porpino, líder do projeto.
Em Curitiba, Gustavo se reuniu no dia 1º de março com a equipe de gestores da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, criada pelo governo local para atuar em rede com outras secretarias e parceiros e executar ações que vão desde o fomento à agricultura familiar até atividades direcionadas aos consumidores. “A secretaria em si é inovadora e possui um grupo bastante técnico e qualificado”, conta.
Ele também se reuniu com as gestoras da Secretaria de Educação para entender melhor como é feita a implementação da alimentação escolar, ação que em Curitiba é terceirizada. Também participaram do encontro, de forma remota, as diretoras Juliana Tângari e Mónica Guerra, do Instituto Comida do Amanhã, e Bruce Campos, analista do ICLEI - Governos locais para a sustentabilidade.
Gustavo Porpino e o cinegrafista Elias Rodrigues também visitaram e registraram imagens de diversas experiências locais de agricultura urbana, como a Fazenda Urbana e as Hortas Comunitárias, o Restaurante Popular, os Sacolões e Armazém da Família e o circuito de feiras orgânicas da cidade. “São experiências que podem ser replicadas em outras cidades”, afirma Porpino.
De todas as capitais brasileiras, Curitiba é pioneira em ações de fortalecimento da segurança alimentar e nutricional. A cidade paranaense possui 145 hortas urbanas, com 5.700 produtores envolvidos no plantio, beneficiando 17.900 pessoas. Localizada no bairro Cajuru, a Fazenda Urbana tem 4.435m² de espaço público com mais de 60 Jardins de Mel espalhados pela cidade. Em outubro do ano passado, a cidade de Curitiba foi premiada durante o 8º Fórum Global do Pacto de Milão para Política de Alimentação Urbana, no Rio de Janeiro, por se destacar em inovar e promover a agricultura urbana.
Visita ao Acre
A segunda cidade a ser visitada pelo projeto foi Rio Branco, no Acre. No dia 8 de março, Gustavo, Elias e os parceiros do projeto se reuniram com a prefeitura e cinco secretarias que atuam em programas alinhados com o sistema alimentar urbano.
“Interagimos com as gestoras do banco de alimentos, restaurante popular e unidade de tratamento de resíduos sólidos. Rio Branco reinstalou a Caisan municipal, reabriu em 2022 o restaurante popular e está concluindo o plano municipal de segurança alimentar e nutricional”, conta o analista da Embrapa.
A pesquisadora Cleísa Brasil, da Embrapa Acre, acompanhou a visita ao projeto Hortas e Fazendinhas, que está sendo iniciado nas escolas municipais. Elias Miranda, chefe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em exercício, participou juntamente com Cleísa da reunião técnica na prefeitura.
Ele também se reuniu com as gestoras da Secretaria de Educação para entender melhor como é feita a implementação da alimentação escolar, ação que em Curitiba é terceirizada. Também participaram do encontro, de forma remota, as diretoras Juliana Tângari e Mónica Guerra, do Instituto Comida do Amanhã, e Bruce Campos, analista do ICLEI - Governos locais para a sustentabilidade.
Gustavo Porpino e o cinegrafista Elias Rodrigues também visitaram e registraram imagens de diversas experiências locais de agricultura urbana, como a Fazenda Urbana e as Hortas Comunitárias, o Restaurante Popular, os Sacolões e Armazém da Família e o circuito de feiras orgânicas da cidade. “São experiências que podem ser replicadas em outras cidades”, afirma Porpino.
De todas as capitais brasileiras, Curitiba é pioneira em ações de fortalecimento da segurança alimentar e nutricional. A cidade paranaense possui 145 hortas urbanas, com 5.700 produtores envolvidos no plantio, beneficiando 17.900 pessoas. Localizada no bairro Cajuru, a Fazenda Urbana tem 4.435m² de espaço público com mais de 60 Jardins de Mel espalhados pela cidade. Em outubro do ano passado, a cidade de Curitiba foi premiada durante o 8º Fórum Global do Pacto de Milão para Política de Alimentação Urbana, no Rio de Janeiro, por se destacar em inovar e promover a agricultura urbana.
Visita ao Acre
A segunda cidade a ser visitada pelo projeto foi Rio Branco, no Acre. No dia 8 de março, Gustavo, Elias e os parceiros do projeto se reuniram com a prefeitura e cinco secretarias que atuam em programas alinhados com o sistema alimentar urbano.
“Interagimos com as gestoras do banco de alimentos, restaurante popular e unidade de tratamento de resíduos sólidos. Rio Branco reinstalou a Caisan municipal, reabriu em 2022 o restaurante popular e está concluindo o plano municipal de segurança alimentar e nutricional”, conta o analista da Embrapa.
A pesquisadora Cleísa Brasil, da Embrapa Acre, acompanhou a visita ao projeto Hortas e Fazendinhas, que está sendo iniciado nas escolas municipais. Elias Miranda, chefe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em exercício, participou juntamente com Cleísa da reunião técnica na prefeitura.
Os dados coletados nas reuniões e visitas às iniciativas serão analisados em conjunto com os das outras três cidades que serão visitadas até o mês de abril pelo projeto. As próximas serão Santarém (PA), de 14 a 17 de março; Recife (PE), de 22 a 24 de março; e Maricá (RJ), entre os dias 11 e 14 de abril. Na segunda fase do projeto, representantes das cidades brasileiras irão conhecer in loco programas e políticas de fomento a sistemas alimentares urbanos nas cidades europeias de Valencia, Montpellier, Gante e Turim, durante missão técnica em junho deste ano.
Gravimetria
O analista Gustavo Porpino explica que uma das ações do projeto prevê o treinamento de técnicos das cidades de Rio Branco, Curitiba e Recife em gravimetria de resíduos alimentares de feiras livres, que é a quantificação e categorização do desperdício das principais feiras. Os resultados serão divulgados no seminário internacional Cidades e Alimentação, previsto para acontecer no mês de setembro no Rio de Janeiro.
O projeto “Cidades e alimentação: governança e boas práticas para alavancar sistemas alimentares urbanos circulares” é liderado pela Embrapa Alimentos e Territórios, unidade da Embrapa com sede em Maceió (AL), em parceria com a União Europeia, por meio dos Diálogos Setoriais União Europeia/Brasil, e conta com apoio do Instituto Comida do Amanhã, ICLEI América do Sul e WWF Brasil.
Foto: Gustavo Porpino
Foto: Gustavo Porpino